ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DA QUINTA DA CARREIRA

NOTÍCIAS DE ASSUNTOS DA ASSOCIAÇÃO

sábado, 7 de junho de 2008

------------------------------ foto 1- aparelho do poço-------------------------------------------
Pedro Barruncho, em 1873, refere que Marques Leal comprou o grande casal e quinta da Carreira ao desembargador Alexandre Loureiro. Diz-se nesse livro que Marques Leal - que viria a ser designado Marques Leal Pancada, ao que me disseram pela pancada que teria para os negócios - mandou fazer por aqui um grande tanque com 19 por 33 metros, e ainda construiu duas estradas arborizadas, e recuperou o poço que estava muito estragado. Também se diz que ele fez uma quinta muito produtiva em vinho e cereais de um sítio que era basicamente uma pedreira. Na praceta Gil Vicente ainda hoje se vê esse aspecto - bem lá no meio tem os furos de extracção de pedra à vista.
Em Cascais existe uma R. Marques Leal Pancada, precisamente a rua onde estão os tanques de salga de peixe, classificados como romanos. É muito provável que o referido senhor tivesse recuperado infraestruturas romanas na Quinta da Carreira e que as estradas que construiu fossem feitas sobre vias antigas. Afinal, aqui ao lado, no Casal Santa Teresinha, na Estrada da Alapraia, foi descoberta uma cupa romana escrita em latim, incrustrada no cunhal de um tanque particular. O que nos reservará o nosso tanque, podemos perguntar... E já agora, ao lado da ponte, na Estrada da Alapraia, vê-se restos de outra via lajeada de pedra, paralela è estrada.
Felizmente que a construção na zona do tanque e do dragoeiro foi impedida na hora (o tanque seria totalmente destruído) e o alvará, do tempo da partida do Judas, já caducou. Mas o Plano de Pormenor que está para vir à discussão pública comporta construção, e quem sabe o que poderá aparecer durante as obras. A CMC comprometeu-se a elaborar um guia de normas e procedimentos a que o promotor tem que obedecer no caso de se encontrar vestígios.
No entanto, a câmara e os arqueólogos contactados estão renitentes em admitir que a origem das infraestruturas rurais da quinta seja romana. Dizem que não existe nenhuma prova irrefutável nesse sentido, o que só seria adquirido encontrando-se moedas, mosaicos, lápides epigrafada ou assim.

A pedra decorada – pedra de alfiz – que encontrei na ribeira e leguei à associação, não mereceu atenção.

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